Mais uma noite de virada! E cada vez eu entendo menos a
matemática do meu corpo! Enfim, oportunidade para postar aqui...
Então, noites em claro são propícias para diversos
pensamentos invadirem, e acabo tendo a chance de dar um olhar mais atencioso
sobre algumas questões, já que não tem nada melhor para fazer mesmo, e, quem
sabe, até chegar a algumas conclusões... Acho que a desta noite insone é que,
afinal, talvez eu esteja superando minha última frustração amorosa mesmo.
Eu senti mais raiva do que estou sentindo atualmente, e
consegui entrar melhor em contato com essa dor do que já entrei antes também...
Algumas coisas ajudaram nesse processo, e acho que uma delas foi essa história –
com “H” mesmo, foda-se! – que desenhei, que não é nem bem uma história, mas
mais uma cena. Só para dar uma contextualizada, eu sou apaixonado por histórias
em quadrinhos e super-heróis, a Billie é uma personagem que criei um tempão
atrás, a minha super-heroína, digamos assim, e o poder dela está mais para “desconforto”
do que outra coisa: ela pode sentir tudo que as outras pessoas sentem,
sentimentos, emoções, sensações – e isso é representado graficamente por “flechas”,
“setas”, nas histórias. Por um bom tempo eu deixei ela abandonada, e tentei
investir em outras histórias e personagens, que também diziam a respeito de
mim, de alguma forma em algum nível, mas a Billie é a mais franca de todas, e é
bom retomá-la e através dela contar histórias que se passam no meu mundo interno,
do que sinto, penso, de uma forma metafórica – ou nem tanto como nessa “Te
Cuida”.
Eu também preferi voltar a desenhar de um jeito mais “desapegado”,
bem “caseiro” mesmo, bem “hand made”... Quando abandonei a Billie, também
procurei “refinar” o meu processo de criação, e criei bem menos do que quando
desenhava do jeito que essa história está desenhada: em folha A5 mesmo, quadrinhos
tortos, letrinhas feitas a mão... Assim como retomei a Billie, também procurei
retomar aquele processo de criação que me deixava a vontade pra criar mais
fluidamente, e produzir mais. Portanto, não reparem na tosquice, é para ser
tosquinho mesmo – ou reparem, tanto faz!
Então, saiu essa história – ou cena –, a “Te Cuida”, que
precisava ser contada, do jeitinho que ela está mesmo, como sendo, talvez, a
mais confessional até agora, tendo até o visual de um dos personagens obviamente
inspirado no meu visual. E acho que pôr ela no papel foi catártico, e de alguma
forma ajudou nesse processo, de superar aquele término... E talvez eu esteja me
expondo demais com isso, mostrando essa história, escrevendo esse post... E pra
que, né? Não sei, mas tá tudo bem. A história é minha mesmo, em todos os
sentidos, e eu to permitindo que quem quiser leia ela.
As falas – pelo menos as principais – do término na “vida
real” foram basicamente aquelas na história – cara, aquilo foi devastador,
direto na jugular! –, e finalizou com o famigerado “te cuida”. “Te cuida”...Sabe,
eu odeio o “te cuida”! Me passa uma coisa de que a outra pessoa sabe o que é melhor para ti do
que tu mesmo, e te julga alguém que não é nem cuidadoso consigo mesmo. E aí
terminar um namoro com essa fala vem mais carregado de carga negativa, porque
parece que a pessoa terminou contigo meio que com pena também, afinal, “coitado,
né, ele não cuida nem de si próprio...” Ó a raiva batendo! Enfim, vai um “vai a
merda” veemente para todos os adeptos do “te cuida”!
E era isso!
Sobre a história, eu ainda tenho que pensar uma “capa” para
ela, e alterar alguma coisinha nos diálogos, eliminar aquele nome “Toddy”
horroroso... Não sei onde tava com a cabeça quando escolhi aquele nome! Mas,
né, a gente vive fazendo escolhas erradas: nomes, namorados...
Hmmm... Pensando melhor agora, sobre o “te cuida” daquela
ocasião... No final das contas, só o fato de ter saído daquele relacionamento
já foi um grande ato de cuidado comigo mesmo. :)