sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Mais uma noite de virada! E cada vez eu entendo menos a matemática do meu corpo! Enfim, oportunidade para postar aqui...

Então, noites em claro são propícias para diversos pensamentos invadirem, e acabo tendo a chance de dar um olhar mais atencioso sobre algumas questões, já que não tem nada melhor para fazer mesmo, e, quem sabe, até chegar a algumas conclusões... Acho que a desta noite insone é que, afinal, talvez eu esteja superando minha última frustração amorosa mesmo.

Eu senti mais raiva do que estou sentindo atualmente, e consegui entrar melhor em contato com essa dor do que já entrei antes também... Algumas coisas ajudaram nesse processo, e acho que uma delas foi essa história – com “H” mesmo, foda-se! – que desenhei, que não é nem bem uma história, mas mais uma cena. Só para dar uma contextualizada, eu sou apaixonado por histórias em quadrinhos e super-heróis, a Billie é uma personagem que criei um tempão atrás, a minha super-heroína, digamos assim, e o poder dela está mais para “desconforto” do que outra coisa: ela pode sentir tudo que as outras pessoas sentem, sentimentos, emoções, sensações – e isso é representado graficamente por “flechas”, “setas”, nas histórias. Por um bom tempo eu deixei ela abandonada, e tentei investir em outras histórias e personagens, que também diziam a respeito de mim, de alguma forma em algum nível, mas a Billie é a mais franca de todas, e é bom retomá-la e através dela contar histórias que se passam no meu mundo interno, do que sinto, penso, de uma forma metafórica – ou nem tanto como nessa “Te Cuida”.

Eu também preferi voltar a desenhar de um jeito mais “desapegado”, bem “caseiro” mesmo, bem “hand made”... Quando abandonei a Billie, também procurei “refinar” o meu processo de criação, e criei bem menos do que quando desenhava do jeito que essa história está desenhada: em folha A5 mesmo, quadrinhos tortos, letrinhas feitas a mão... Assim como retomei a Billie, também procurei retomar aquele processo de criação que me deixava a vontade pra criar mais fluidamente, e produzir mais. Portanto, não reparem na tosquice, é para ser tosquinho mesmo – ou reparem, tanto faz!

Então, saiu essa história – ou cena –, a “Te Cuida”, que precisava ser contada, do jeitinho que ela está mesmo, como sendo, talvez, a mais confessional até agora, tendo até o visual de um dos personagens obviamente inspirado no meu visual. E acho que pôr ela no papel foi catártico, e de alguma forma ajudou nesse processo, de superar aquele término... E talvez eu esteja me expondo demais com isso, mostrando essa história, escrevendo esse post... E pra que, né? Não sei, mas tá tudo bem. A história é minha mesmo, em todos os sentidos, e eu to permitindo que quem quiser leia ela.

As falas – pelo menos as principais – do término na “vida real” foram basicamente aquelas na história – cara, aquilo foi devastador, direto na jugular! –, e finalizou com o famigerado “te cuida”. “Te cuida”...Sabe, eu odeio o “te cuida”! Me passa uma coisa de que a  outra pessoa sabe o que é melhor para ti do que tu mesmo, e te julga alguém que não é nem cuidadoso consigo mesmo. E aí terminar um namoro com essa fala vem mais carregado de carga negativa, porque parece que a pessoa terminou contigo meio que com pena também, afinal, “coitado, né, ele não cuida nem de si próprio...” Ó a raiva batendo! Enfim, vai um “vai a merda” veemente para todos os adeptos do “te cuida”!
E era isso!

Sobre a história, eu ainda tenho que pensar uma “capa” para ela, e alterar alguma coisinha nos diálogos, eliminar aquele nome “Toddy” horroroso... Não sei onde tava com a cabeça quando escolhi aquele nome! Mas, né, a gente vive fazendo escolhas erradas: nomes, namorados...

Hmmm... Pensando melhor agora, sobre o “te cuida” daquela ocasião... No final das contas, só o fato de ter saído daquele relacionamento já foi um grande ato de cuidado comigo mesmo. :)


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